Já ouviu falar em cooperativas de reciclagem ou sabe como funcionam?
Em muitos lugares, existem lixeiras específicas para separar os materiais descartados, como papel, plástico, metal ou vidro, ou ainda, os ecopontos onde as pessoas podem levar seus lixos devidamente separados. Após isso, os materiais reciclados são encaminhados para as cooperativas de reciclagem que organizam todos esses materiais e desenvolvem o processo de tratamento dos resíduos.
Ao receber os resíduos que são levados por caminhões, onde primeiramente são passados por uma triagem, sendo selecionados os materiais que irão para as esteiras que são utilizadas para separar os tipos de materiais, ou no caso de cooperativas que não possuem a esteira, esse trabalho é feito de forma manual. Por isso, a separação do seu lixo reciclável é muito importante, pois facilita o trabalho das cooperativas nesta etapa.
Após as separações resíduos como sacolas plásticas e garrafas, são colocados em grandes sacolas separadas por tipos de materiais e cores. Outros materiais como papel e alumínio são colocados em prensas compactando os objetos que serão levados até uma empilhadeira, sendo pesados e catalogados, onde as cooperativas vendem esses materiais para diversos tipos de indústrias.
Então, já imaginou todos esses processos para o tratamento de lixo reciclável?
Basicamente, funcionam a partir dessas 3 fases: a separação, que é feita pela população no descarte; a coleta, feita por ecopontos, caminhão de coleta seletiva ou catadores individuais e por último as cooperativas que fazem todo o tratamento de triagem, prensa e venda para indústrias.
As cooperativas responsáveis por 90% de todo lixo reciclável, auxiliando na preservação ambiental e alimentando o mercado de logística reversa, por meio do reaproveitamento de materiais, conservando e diminuindo a necessidade de utilização de recursos naturais para fabricação de embalagens e outros materiais que podem ser fabricados a partir dos resíduos tratados, consequentemente, gerando maior economia.
E para exemplificar melhor a importância das cooperativas, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) esse mercado movimenta cerca R$24 bilhões anualmente, sendo um grande movimento na economia do país e com projeções de crescimento.
Mas além do impacto financeiro, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são gerados, no Brasil, cerca de 332 mil empregos diretos pelo setor de reciclagem e ainda ajudam na valorização do trabalho dos catadores, afinal, auxiliam na preservação do ambiente e no aumento da coleta seletiva. Além disso, as cooperativas também promovem cursos de capacitação profissional, curso de artesanato e eventos de conscientização para a população observar o quanto as coletas seletivas e o trabalho das cooperativas são importantes de modo geral.
A reciclagem é de fato muito importante, mas além disso, é importante sabermos quais tipos de materiais não são recicláveis, o que pode ajudar no nosso descarte e no trabalho das cooperativas. Materiais como lâmpadas, papéis plastificados, esponja de aço, embalagens de pesticidas não são recicláveis, e são materiais que podem nos confundir, causando o descarte incorreto desse tipo de materiais.
A reciclagem também pode tem um grande impacto nas mudanças climáticas do nosso planeta, uma vez que, com a coleta feita de maneira correta, a quantidade de lixos que irão para os rios, mares ou matas, diminui drasticamente, o que impacta na redução da poluição de emissão de gases de efeito estufa.
Ou seja, as cooperativas auxiliam em todo esse processo, gerando impacto não apenas na vida de milhares de pessoas que são empregadas por esse setor, mas também no meio ambiente com a diminuição do lixo e poluição.
Portanto, se você ainda não recicla seus materiais, comece hoje. Não exige nenhuma mudança drástica de rotina, apenas separe e entregue seus resíduos para coleta. Dessa forma, você está ajudando milhares de pessoas e ajudando o meio ambiente. Recicle!