O mundo atual é repleto de inseguranças, por isso é natural que busquemos educar nossas crianças em ambientes mais fechados e protegidos. Porém, as consequências disso é um menor contato dos pequenos com ambientes diferentes daqueles de sua realidade do dia-a-dia. Além disso, ao tentar protegê-los os pais restringem o número e os tipos de pessoas que seus filhos conhecem.
Mesmo que esses fatos pareçam não ter muito impacto na criação das crianças a princípio, elas precisam vivenciar a cidade em sua totalidade e ter essa experiência para que possam aprender a ser cidadãs.
Segundo a arquiteta e urbanista Irene Quintáns, as crianças precisam sair das “caixinhas” em que vivem, como a escola e suas casas, para que possam não criar preconceitos. Conhecerem a realidade de moradores de rua, verem pessoas de cores de pele diferentes, ou mesmo vivenciar o impacto que um lixo na rua pode causar, desenvolve a criança em termos de cidadania. São todas coisas que as crianças não aprendem olhando somente a TV ou a tela de um tablet ou celular.
Passeios a pé pela cidade nos horários livres, ou mesmo caminhar para as escolas quando existe essa possibilidade, são formas de criar esse contato das crianças com a cidade e sua realidade. É importante que possam aproveitar esses momentos de forma positiva.