Usar a tecnologia a favor do planeta é um desafio e tanto, porém é uma extrema necessidade diante a crise em que vivemos. Já são muitas as idealizações tecnológicas que estão impulsionando grandes projetos globais e representam uma esperança para o futuro do meio ambiente.
Atualmente são cerca de 1 milhão de espécies animais e vegetais em perigo de extinção e os ecossistemas naturais já foram reduzidos em 47%, em média. Somente na América Latina, já desapareceram completamente nos últimos 15 anos a tartaruga gigante Pinta, o sapo-dourado e a foca-monge do Caribe.
Muitas entidades de proteção ambiental consideram 2020 como o ano decisivo para definir a agenda de ações para a próxima década, e a TI terá um papel fundamental nessa questão: soluções como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e Blockchain estão colaborando para que a flora e a fauna do planeta sejam preservadas
Por exemplo, na África do Sul a Internet das Coisas tem ajudado a preservar os rinocerontes. O país abriga quase 70% dos rinocerontes que restam no planeta e, todos os dias, ao menos três são mortos. Com isso, o MTN – provedor de telecomunicações africano – e a Universidade de Wageningen e Prodapt, com a ajuda da IBM, desenvolveram uma solução com sensores personalizados que transmitem dados sobre o comportamento dos animais para a plataforma IoT, prevendo ameaças e combatendo a caça ilegal de rinocerontes.
Já na Argentina foi criado o Alquid, um aplicativo com Inteligência Artificial que prevê quando e onde o chamado “bloom de algas” aparecerá, um problema global que afeta a vida marinha. Para usar o aplicativo, não é necessário ter grande conhecimento: ao tirar uma foto, cada pessoa estará contribuindo com dados para a IA proprietária do sistema, cujos dados estão vinculados a outras fontes de informações da Nasa e do Serviço Meteorológico.
O Blockchain, por sua vez, é uma tecnologia que está revolucionando a agricultura para torná-la mais sustentável. A rastreabilidade dos produtos já é um fato em países como Colômbia e Brasil e pode ajudar na crise do desmatamento e na segurança alimentar, acompanhando, por exemplo, o comércio madeireiro e a logística de distribuição de alimentos.