No último domingo, 07 de maio, a região do Largo da Batata, considerado um dos locais mais áridos de São Paulo, recebeu um grande plantio de árvores, formando mais uma “Floresta de bolso” da Mata Atlântica. O plantio reuniu organizações em prol de uma cidade mais verde e a população para melhorar a paisagem, a qualidade do ar, e trazer um pouco mais de bem-estar para os moradores e passantes de Pinheiros.
O evento contou com a organização e colaboração de diversas iniciativas Árvores de São Paulo, Novas Árvores por Aí, Fábrica de Árvores, Flores no Cimento, Árvore Generosa, e, além do apoio da Prefeitura de Pinheiros, Cades Pinheiros, Sociedade Amigos do Alto de Pinheiros, entre outras.
Foram plantadas cerca de 350 árvores no terreno cedido pela prefeitura, uma esquina entre a Rua Pais Leme e Padre Carvalho. O projeto Árvore Generosa que tem a proposta de plantar uma árvore a cada criança nascida em São Paulo, participou dedicando as mudas de árvores para 300 crianças nascidas no Hospital Leonor Mendes de Barros, na Zona Leste de São Paulo.
O projeto Árvore Generosa quer plantar uma árvore para cada criança nascida em São Paulo, contribuindo para fortalecer o vínculo da criança com a natureza. “As crianças a cada dia brincam menos na natureza desconhecendo as inúmeras possibilidades e potencia que ela nos dá, e ninguém cuida daquilo que não conhece, foi pensando nisto que nasceu o Projeto Árvore Generosa, que hoje é realizado através de distribuição de mudas de árvores nativas em Maternidades, Escolas entre outros, além de participações em plantios coletivos”, afirma Sara Ribeiro, do Instituto Olinto Marques de Paulo, que coordena o projeto Árvore Generosa.
Para Sara, “Vivenciar a força da união de homens, mulheres, crianças e idosos, alegres e ativos se reconectando com a natureza, plantando além de árvores, generosidade e respeito é o que nos enche de esperança para um futuro melhor”.
Também voltados para educação ambiental, diversos pais levaram seus filhos para participarem do evento. “Em São Paulo as crianças não têm muita oportunidade de ter contato com a terra e com o verde. Por isso, é preciso conhecer para gostar e preservar. Isso é essencial para formação inicial das crianças, para que elas se tornem um adulto preservador e não um adulto destruidor”, afirma Dinane, mãe da Clara de 4 anos.
Já Helena, moradora da Zona Oeste de São Paulo, gostaria que o projeto criasse ainda mais raízes entre a população: “a população precisa tomar posse do que é nosso, e o projeto é muito bonito no sentido de transformar um “lixão” e fazer florescer para nossos futuros descendentes”.
Nik Sabey, um dos organizadores e idealizador do “Novas Árvores por Aí”, tem o objetivo de incentivar o plantio de árvores sem fronteiras e para isso fomenta eventos que reúnem cada vez mais pessoas. “Principalmente a internet tem um importante papel na reverberação dos plantios e na formulação de uma ‘Nação Plantadora’, capaz de em algumas horas formar uma nova floresta no meio da cidade”.